sexta-feira, 17 de setembro de 2010

o que eu também não entendo.





dizem que a mentira mais falada todos os dias, é a resposta da pergunta: "tudo bem?" ou "como vai você?" raramente respondemos o que verdadeiramente sentimos, e é como se fosse automático, como o 'obrigada' que vem sempre seguido do 'por nada' e seus derivados. mas hoje me perguntaram algo mais estranho ainda, eu cansei de tentar entender as pessoas, mas ainda sim me pergunto como alguém solta essa: 'o que te atrai?' responder essa pergunta não é fácil, e eu na verdade não tenho resposta, porque o que me atrai são na maioria os detalhes indescritíveis, gosto de olhares e de sorrisos, sou apaixonada pelos olhares profundos, que me estudam, e penetram a minha alma, olhares que me convidam a mergulhar e que eu não faria questão de me afogar. e sou louca pelos sorrisos, sorrisos largos que falam tudo por si só e não precisam de tradução. mas nunca iria responder uma pergunta dessas assim, afinal a resposta que geralmente querem ouvir é uma mera descrição física: 'moreno, alto, bonito e sensual', mas minha resposta também nunca será essa, não vou me render a essa sociedade tão superficial. essas perguntas merecem ser ignoradas, e deletadas, porque quem me conhece sabe que eu sempre procuro entender o que esta ao meu redor. mas não entendo. não entendo muita coisa. não entendo porque as pessoas pré-julgam alguém pela maneira de andar ou de falar, as pessoas são mais do gestos e rostos, não entendo como as pessoas não ficam indiferentes em relação as outras, elas não sabem fazer isso, elas apenas amam ou odeiam. não entendo como os homens são tão diferentes das mulheres, e não entendo como as pessoas não entendem minha preferência por amizades masculinas - eles não são superficiais, não são falsos, são engraçados, e no fim das contas existe a esperança que essa amizade mude pra sempre a minha vida. não entendo como as pessoas não prestam atenção aos detalhes, são eles que dão cor a vida. não entendo como não queremos criar expectativas com medo da decepção, tanto ao próximo quanto a nós mesmos, não entendemos (falo entendemos porque me incluo nessa classe) que só conseguimos alcançar a felicidade, se criarmos expectativas e elas se concretizarem, só assim nos sentimos realizados. mas de tudo que eu realmente não entendo, o que mais me deixa confusa, é saber que precisamos usar palavras, que na maioria das vezes são vagas para falar de sentimentos, quando, na verdade, ele foi deveria apenas ser sentido, não precisa da complicação das palavras, e se for pra ser declarado, que seja por um sorriso, ou por um olhar, que são sempre simples, e sempre verdadeiros.

você sorrio?


'bem mais que o tempo que nós perdemos, ficou pra trás também o que nos juntou. ainda lembro que eu estava lendo só prá saber o que você achou, dos versos que eu fiz, e ainda espero resposta. desfaz o vento, o que há por dentro desse lugar que ninguém mais pisou.' $:




terça-feira, 14 de setembro de 2010

estranho,


entrei no meu quarto, e embalada nesse clima nostalgico de setembro, abri minhas coisas "velhas" e comecei a reviver as lembranças que eu guardo no fundo de uma gaveta. tive várias reações: chorei, ri, fiquei séria, chorei mais, senti saudade, fiquei séria, dei gritos histéricos, sussurei palavras ao vento, rasguei cartas, e foi quando eu achei que já tinha sentido tudo que eu achei, bem no fundo, um papel dobrado. ele tinha um cheiro diferente. era sua primeira carta, datada de 2008. passou um filme pela minha mente, um filme de todas as coisas que aconteceram no dia que eu a recebi. ninguém precisa saber que eu ja tinha perdido as contas de quantas vezes eu já tinha lido aquelas palavras, que, juntas, hoje, me arrancaram lágrimas. me lembrei de como tudo começou. comecei a ler devagar, me deliciando com cada palavra, sentindo meu coração acelerado, quando chegou ao fim, eu me levantei, olhei pra janela e vi a pontinha da lua, depois, vim aqui só pra dizer que eu não sei a resposta pra essa pergunta, mas tenho uma dica: tudo que envolve, EU e VOCÊ, se torna estranho.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

mais um setembro chegou




achei que com o tempo passando, te guardaria num lugar, dentro de mim, bem escondido. mas quando abri os olhos vi que ja estamos em um novo setembro. e setembro, me enche de nostalgia, uma nostalgia boa e lenta, um sentimento que vêm a flor-da-pele, que me preenche, mesmo sem querer, e me faz transbordar de todas aquelas coisas bregas que eu sentia quando vivi aquele setembro de nois anos atrás. fico mais pensativa que o normal, e as vezes me perco tanto em meio a esses sentimentos que acho que um avião vai parar ao meu lado, pousar, trazendo você pra mim, daquele jeito que você era dois anos atrás. ja faz um tempo que o meu céu azul não é o mesmo, de la pra ca, ele ganhou muitas nuvens. não gosto quando setembro chega, ele não me lembra apenas que eu não te tenho, mas lembra principalmente que eu não mais te tenho, e esse MAIS muda tudo, porque me faz sentir uma dor fina no peito, é a dor da perda. apesar de dizer que quero esquecer, eu sei que no proximo setembro, pensarei em coisas babacas novamente, só pra demostrar minimamente o quanto te amo e continuarei amando. $:

'mais um setembro sem te ter, fico te olhando sem saber, se um dia pode perceber o quanto eu olho pra você' ♫

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

mulher não sabe dirigir.



















acho que eu perdi meu rumo. tenho pensado demais em você, e cheguei a conclusão que isso é, no mínimo, estranho. entrei na curva errada e agora não consigo engatar a ré, e nem achar o retorno. preciso de um mapa. preciso voltar pro caminho 'certo', pelo retrovisor te vejo passando em outra estrada, tão distante da minha, indo em um sentido diferente. será que existe algum cruzamento lá na frente que faça com que eu me encontre contigo novamente? será que ainda vamos, depois de passar por tantos acidentes, entre mortos e feridos vamos voltar a caminhar lado a lado? me desculpe, novamente, eu não esperei o sinal abrir. fui em frente. acho que me distanciei e agora fiquei perdida. vem me buscar? ou eu tenho que chamar o reboque, porque além de tudo, meu pneu acabou de furar.

domingo, 5 de setembro de 2010

mãe

William Shakespeare




com o tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. e você aprende que amar não significa apoiar-se e, que companhia nem sempre significa segurança. e começa a aprender que beijos não são contratos, e presentes não são promessas. e começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. e aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. e aprende que não importa o quanto você se importe, alguma pessoas simplesmente não se importam. e aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí -lo de vez em quando, e você precisa perdoá-la por isso. aprende que falar pode aliviar dores emocionais. descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí -la e, que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser e, que o tempo é curto. aprende que não importa onde já chegou, mas aonde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. aprende que paciência requer muita prática. descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. aprende que há mais de seus pais em você do que você supunha. aprende que nunca deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mais isso não te dá o direito ser cruel. descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para para que você o conserte. aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. e você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. e que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida.

'nossa dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderí amos conquistar se não fosse o medo de tentar.'